Não. Não deixo o caminho.
Nem o traço que a minha mão desenha no chão de pó.
Não largo a linha escrita que me guia.
Não há espaço, nem tempo, para a desistência.
O caminho é para ser feito por cada passo.
E sigo. E vou. E sei que perco no horizonte todos os traços que me faltam para saber o fim.
Mas vou. E sigo. Não há escolhas. Nem dúvidas. Há certezas!
Há uma luta a travar. Cada vez maior. Cada vez mais densa. Cada vez maior.
E tento contra tudo lutar. Não são castelos de vento.
São ventanias que me cercam e eu sigo.
Forte como uma árvore... assim quero!
Imóvel quando é preciso. Segura como a pedra que rola. E sigo.
O caminho tem que ser feito.
As ruas, passadas e vistas de uma ponta a outra. Como quem vasculha tudo o que está mal. Tento emendar. Tento passar de uma para a outra deixando tudo arrumado. E sigo. Eu sigo. Numa única certeza… não sigo sozinha!!*
Porquê, Abbá, é que no "hábito" dos nossos dias Te deixamos... porque é que às vezes a nossa vida parece que gira à Tua volta, e parece que Te vivemos como nunca, e depois nos voltamos a esquecer que contigo conseguimos chegar ao melhor de nós mesmos?
Porque não podemos ter-te sempre na mão?
"Pois é… é que as coisas importantes nunca se deixam agarrar! Só são importantes se andarem aí, livres. Se as prendermos em nós, deixamos de as possuir, ou antes, deixam de ser importantes!"
Abbá, Deus de tantos nomes, muitos tão injustamente atribuidos, as vezes é tão dificil entender que nos deixes livres de não te seguir, mesmo que saibamos há tanto tempo que fazes acontecer o melhor em nós...
Fascina-nos, Abbá, por favor, FASCINA-NOS! Apaixona-nos como um dia um principezinho se deixou apaixonar por uma rosa, nos meio de tantas outras 10 mil rosas...